sábado, 4 de junho de 2011

INVEJA – A RAIZ DE TODOS OS MALES (Romanos 1.18-32)


INTRODUÇÃO

Será que é pecado desejar possuir bens, boa aparência física, posição social etc.? Ou o pecado é não lutar por alcançá-los de modo correto?

A inveja é o desejo de possuir estas e outras coisas por meios ilícitos, tendo como ponto de partida o olhar fixo no que é dos outros, desejando para si, lamentando por que ainda não esta em seu poder. È um ressentimento profundo, que se aninha na mente da pessoa e passa logo a gerar outras ações, tais como a cobiça, a ganância, a maledicência. O dolo entra em cena e tudo termina em contendas, e ate em morte, tal como aconteceu com Abel (Gn 4.8) e com Nabote (I Rs 21, 1-16).

A inveja e os outros males surgiram no Éden (Gn 3.5), e se fazem presentes em todos os lugares, causando contendas e guerras (Tg 4.1,2), sendo sua primeira vitima o seu possuidor, depois aqueles que são o seu alvo. É algo que acontece ate com nações que se apoderam dos recursos econômicos de outras menos capazes de administração.

O texto básico registra a mudança ocorrida no ser humano, sua degeneração. Os homens passaram a valorizar as obras da criação, fazendo delas o seu deus, desentronizando de suas vidas o Deus Criador, e tentando ocupar o lugar do mesmo. Pela concupiscência dos seus corações, diz Paulo: “Deus entregou tais homens á imundície” (v.24), “a paixões infames” (v.26), “A uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (v.28).

Na relação de tais coisas, em número de 21, não sendo uma lista completa, pois em Gálatas 5.21, o apostolo afirma: “e cousas semelhantes a estas”, ele inclui o tema deste estudo.

Algo sério no texto básico é que tal pratica é feita com conhecimento da verdade (v.21) e ate mesmos os gentios assim agem. Não há exceção para ninguém. 

1. DEFINIÇÃO E ASSOCIAÇÃO


Provérbios 14.30b diz que “a inveja é a podridão dos ossos”. Todo o corpo não possui firmeza. A inveja é a doença da alma, uma doença espiritual. Diz C. Hodge: “É um câncer da alma” (Teologia Sistemática, Vol. III. P.464).


Caracteriza-se como realmente é:
a) Um sentimento de desgosto ou pesar pelo bem dos outros;
b) Um desejo violento de possuir o bem alheio;
c) Um sentimento de ódio para com os mais favorecidos;
d) Um desejo de impedi-los de possuir tais bens e de vê-los destruídos.


A inveja colocada na mente humana é como um germe que se encarrega de criar outros males que, agrupados ao redor de si, formarão um exército em guerra, lutando para conseguir os fins por ele propostos. Esta força de ação é tão elevada que Provérbio 27.4 diz: “Cruel é o furor e impetuosa a ira, mas quem pode resistir á inveja?” Ela não atua só, pois se assim fosse, ninguém seria atingido; não passaria de um pensamento, sendo o invejoso a única vitima. Entretanto, o que se conhece é que o pensamento invejoso está integrado por outros companheiros ofensivos.


A historia do comportamento de Saul em relação a Davi é uma das evidencias desta associação de males, pois, após a morte de Golias efetuada por Davi, e sua aclamação feita pelas mulheres, Saul passa a ter um sentimento de inveja e, “daquele dia em diante, Saul não via Davi com bons olhos”; e procurou elimina-lo (I Sm 18.6-16).


É tão real esta integração de males que provem do coração humano ainda não regenerado, que o Senhor Jesus, em Marcos 7.21-23 e Paulo, Tiago e Pedro, em vários textos (II Co 12.20; Gl 5.19-21; I Tm 6.4; Tt 3.3; Tg 3.14; I Pe 2.1), os mencionam, estando a inveja entre eles, quer a palavra declinada ou os seus efeitos descritos nos demais componentes.


2. CONSEQÜÊNCIAS DA INVEJA


Sendo a inveja um ressentimento aninhado no coração do homem, conclui-se que o invejoso vive em torturas da sua alma, tendo em si a destruição de alguns bons princípios de vida (Sl 73.2,3). A condição de vida do invejoso é marcada por reclamações, por expressões de revoltas visíveis no próprio rosto (Gn 4,5; I Rs 21.4-7). È a batalha interna do coração, por não ver seus intentos realizados. A luta continua e outros atos maus vão sendo levados a efeito, ate que se consiga o proposto. Os meios usados, sejam quais forem se justificam pelos fins propostos.


A Bíblia nos apresenta inúmeros exemplos das conseqüências causadas pela inveja e os seus integrantes. Eis alguns:


a) Abel é assassinado pelo próprio irmão, Caim, que, possuído de inveja, irou-se e dolosamente, mesmo advertido por Deus (Gn 4.5-8), Praticou um crime, tornando-se exemplo negativo para todas as gerações (Hb 11.4; I Jô 3.12 e Jd 11);
b) Isaque é expulso de Gerar por te se enriquecido (Gn 26.12-17);
c) Os irmãos de José tentam mata-lo e de pois o vendem (Gn 37.11,20;26-28;At 7.9);
d) Nabote é julgado e assassinado, sem ter o direito de defesa ( I Rs 21.1-16);
e) O próprio Cristo foi entregue pelos invejosos lideres religiosos ( Mt 27.18);
f) Os apóstolos sofreram também, da mesma classe de pessoas, perseguições (At 5.17,18; 13.45)


A inveja conduz o ser humano a um miserável estado de vitima, impedindo-o de reparar suas próprias deficiências, corrigindo-as e se tornando capaz de conseguir, por meios lícitos, as mesmas condições de vida.


O invejoso é governado por diretrizes por ele elaboradas, e não sob as normas divinas, pois de Deus está alienado. Da sua linguagem é modo de vida, a pratica da lei Áurea estabelecida por Deus, registrada em Deuteronômio 6.5, levitico 19.18 e Matheus 22.37-39, não faz parte, pois para ele Deus e o próximo não existem.


Mas a pior conseqüência é a eterna, pois Paulo afirma: “São passíveis de morte os que tais coisas praticam” (v.32).


3. LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL


Para todas as espécies de males espirituais, Deus preparou os meios suficientes para a cura e libertação. Ele não deseja que o pecador seja vitima eterna de Satanás, alienado de sua presença. Deus, No Éden, prometeu a vinda de seu filho para pagar o preço desta libertação com sua morte. Não há corrupto, por pior que seja, que não possa ser transformado; nem pecado sem perdão em Cristo.


Zaqueu é uma prova evidente desta transformação, pois, por meios ilícitos, enriquecera-se, mas dispôs-se a corrigir as fraudes cometidas (Lc 19.8).


Deus veio em Jesus Cristo para nos libertar do império das trevas e o próprio Cristo declarou como obter tal libertação (Jo 8.32,36; Cl 1.13,14). Há libertação a disposição de todos os que são vitimas dos males do coração.


Para que isto ocorra, é necessário conhecer a Palavra de Deus e aceitá-la, pois o Espírito Santo está executando a sua missão de convencer o mundo do pecado, da justiça é do juízo (Jo 16.8-11). Ele ilumina o Cristão (Rm 14.26), intercedendo pelos regenerados (Rm 8.26,27), Concedendo a Convicção de “Ser nova criatura’ (II Co 5.16) e de poder viver seguro de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1). Pois cumpre-se nele a mensagem de Romanos 8.30.


O coração do pecador, cheio de inveja e demais males por ela gerados e a ela associados, pode ser purificado e torna-se lugar especial de guardar a Palavra de Deus (Sl 119.9,11, 97). Onde há lugar para o amor de Deus, este o conduz à pratica das boas obras.


Este mal tão terrível, conforme observou o sábio (Pv 14.30; 27.4), Continua sendo uma realidade constante, até mesmo com boa aparência (Fp 1.15), procurando aninhar-se totalmente no coração do crente.


O que fazer? Paulo ensina:


a)      Encher-se do Espírito Santo e não entristecê-lo (Ef 4.30; 5.18);
b)      Viver de modo digno da vocação (Ef 4.1-3);
c)      Lançar distante tais males (Ef 4.31);
d)      Exercitar o domínio próprio (Gl 5.22).


Em I Pedro 2.1 e 2, o apóstolo determina o despojamento destes males e o desejo de alimentar-se espiritualmente. Para que tudo se efetue, é necessário enquadrar-se  na bem-aventurança proposta por Cristo em apocalipse 1.3, que é ler, ouvir, aguardar o que está escrito. Não se pode descuidar da oração como ato de vigilância (I Pe 5.8), sabendo que o adágio popular declara: “Mente vazia, oficina de Satanás”.

Estudo ministrado pelo Prof. Pádua na Igreja Presbiteriana de Salgado de São Félix em 26.02.2011.

REPRESENTANTES DO PRESBITÉRIO CENTRAL DA PARAÍBA


O Presbitério Central da Paraíba, visitou a nossa Igreja no dia 25 de maio de 2011 com o objetivo  de além de aprofundar um relacionamento eclesial entre Igreja e Presbitério, como também, conversar com o Conselho da Igreja e o novo pastor. Foi uma reunião frutífera. Na foto (da esquerda para direita) estão: Presbítero Roberto Pina (Local), Rev. Sílvio (Pastor da Igreja), Rev. Salvador Pereira (Pastor da Igreja Presbiteriana Renascer e Presidente do Presbitério), Rev. Erivan (Pastor da Igreja Presbiteriana de Queimadas - PB) e Presbítero Fred (Igreja Presbiteriana Renascer).

EGOÍSMO – O INDIVIDUALISMO EM AÇÃO (Mateus 22.34-40_


INTRODUÇÃO

O povo brasileiro é egoísta? Justifique sua resposta.

“Cada um por si e Deus por todos!” – Com certeza, você já ouviu esta frase. Ela traduz o conceito que muitos têm da vida. São aqueles que se preocupam apenas consigo próprios. É não são poucos os que só querem levar vantagem. Esta atitude, tão presente no coração humano, que se manifesta nos relacionamentos é chamada “egoísmo”.

O dicionário define egoísmo como sendo “o amor exclusivo de pessoa e de seus interesses”. De fato, o egoísta não se preocupa com os outros, mas trata só dos seus próprios interesses.

A ética crista, emanada do novo testamento, é contundentemente contrária às atitudes egoístas. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo enfatizar a ética crista centrada no amor, e despertar os presbiterianos salgadenses para um viver altruísta, o que  sem dúvida, representa um positivo testemunho a esta cidade tão carente de Jesus.

A passagem tomada por base para este estudo apresenta o relato de mais uma das tentativas de conspiração dos saduceus e fariseus contra Jesus. A intenção de um dos interpretes da lei, ao formular a Jesus a pergunta sobre qual seria o maior mandamento da lei, era criar uma situação em que Jesus a viesse a blasfemar. Certamente, o interprete da lei se surpreendeu com a resposta de Jesus, pois ele se valeu de Deuteronômio 6.4,5 e afirmou que o maior mandamento consiste em amar a Deus sem reservas. Jesus prossegue e recorre e Levitico 19.18 para dizer que há um segundo mandamento ligado ao primeiro o qual consiste em amar ao próximo como a si mesmo.

Conforme R.G.V. Tasker, “um homem não pode amar a Deus num sentido real sem amar também a seu próximo, feito como ele á imagem de Deus” (Mateus: introdução e comentário, Mundo Cristão/Vida Nova). Esta é a mensagem de I João 4.20,21.

Os evangelistas Marcos e Lucas também relatam o episódio (Mc 12.28-34 e Lc 10.25-37), mas não dizem que o interprete da lei estava experimentando a Jesus.

Enfatizando a centralidade do amor, Jesus declara que “destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (v.40). Mas, por que são estes dois mandamentos os mais importantes?

Guilhermo Hendriksen (biblista presbiteriano) sugere três razões:
1. A fé e a esperança recebem, o amor dá;
2. Todas as demais virtudes estão incluídas no amor.
3. O amor segue o padrão de Deus, pois Deus é amor.

Há uma canção, cuja letra diz: “amor! Ser cristão e ter amor. Ama o teu próximo com a ti mesmo. Deus é amor” O egoísmo é incompatível com a vida no reino de Deus.

1. CARACTERÍSTICAS E MALES DECORRENTES DO EGOÍSMO

Escrevendo ao jovem Timóteo (II Tm 3.1-9) o apostolo Paulo o preveniu de que nos últimos dias sobreviriam tempos difíceis, quando os homens seriam, entre outras coisas, egoístas. Como já foi exposto na introdução, o egoísmo caracteriza-se pela concentração dos interesses do individuo em si mesmo, em detrimento das necessidades do semelhante.

O ser humano foi criado por Deus para viver numa saudável interdependência – “não e bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). O salmista declarou: “Oh, como é bom e agradável viveram unidos irmãos”! (Sl 133.1). A igreja do novo testamento se distinguia em virtude de um estilo de vida desprendido e altruísta (At 4.32-37).

Na sociedade moderna verifica-se um acentuado individualismo. Em vez de aproximar as pessoas, como pareceria lógico, a globalização acaba promovendo o isolamento e o distanciamento. O modelo econômico neoliberal interfere diretamente em nossas relações. O mercado transforma-se numa selva, e “salve-se quem puder”. O resultado disso é que retrocedemos á mentalidade de Caim: acaso, sou eu tutor de meu irmão? Os homens deixam de ser irmãos e parceiros e transformam-se em concorrentes.

A lógica capitalista, cujo fim supremo é o acumulo, oferece forte respaldo para o desenvolvimento de uma cultura do egoísmo. E o pior, é que a teoria capitalista é capaz de entorpecer e aplacar a consciência, tornando-nos insensíveis ante o seu subproduto que é a miséria. Alguns, para justificar a sua apatia, chegam a fazer um uso cínico da Bíblia, citando, por exemplo, fora do seu contexto, passagens como Marcos 14.7: “porque os pobres, sempre os tendes convosco...”

A riqueza produzida no mundo e os recursos disponíveis são suficientes para garantir uma condição de vida digna a todos os habitantes do planeta, com acesso ao básico: alimentação, moradia, saúde e educação. Não faltam recursos. O problema é que sobre egoísmo. O egoísmo é o grande responsável pelas cruéis e brutais desigualdades entre pessoas, povos e nações. Mas a palavra de Deus garante um severo juízo contra aqueles que pensam só em si (Is 5.8; Lc12.20,21; Tg 5.1-6).

2. O EGOÍSMO E O MANDAMENTO DO AMOR

A Ética cristã esta fundada no amor: amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Ai não há espaço para o egoísmo. A parábola do bom Samaritano (Lc 10.25-37) ilustra muito bem o que significa amar ao próximo como a si mesmo.

Aonde prevalece o egoísmo não há amor, nem ao próximo nem a Deus. É por isso que Jesus condenou os Fariseus e sua falsa devoção (Mc 12.38-40).

O amor abre caminho para o encontro e harmonia do ser humano com o Criador, com o próximo, consigo mesmo e com o meio-ambiente. O amor gera vida e liberdade. Quando o amor determina as nossas relações, ai se estabelecem a fraternidade, a partilha, a cooperação e a justiça.

O egoísmo arraigado em tantos corações e mentes, tem sido um grande empecilho para a construção de um mundo mais humano, justo e solidário. Diante da cultura do individualismo e da competitividade que rege o mundo hoje, onde o outro é visto não como irmão e parceiro, mas apenas como concorrente, o povo de Deus é desafiado a deflagrar uma revolução: a revolução do amor (Mt 5.43-48).

3. O DESAFIO A UM VIVER ALTRUÍSTA

“Altruísmo” é o oposto de “egoísmo”. Ser altruísta significa ter amor ao próximo, ser abnegado, estar comprometido com causas filantrópicas.

O altruísmo deve ser uma marca inconfundível de todo cristão. É deprimente alguém se declarar cristão, e viver egoisticamente. Em seu livro “Ética do Novo Testamento” (editora Sinodal), Heinz Dietrich Wendland declara: “Não há amor verdadeiro e pleno, do coração todo a Deus, sem o amor ao próximo”.

O altruísmo cristão, ordenado por Jesus, transforma-se num veemente testemunho ao mundo (Mt 5.16).

O nosso compromisso solidário não pode ser limitar á igreja a que pertencemos. Devemos abrir o coração as necessidades que nos rodeiam, e o nosso envolvimento deve ser mais abrangente e efetivo. Muitas ONGs tem ocupado espaços onde quem deveria  estar é a igreja. O evangelho que pregamos muitas vezes se mostra acentuadamente conceitual e teórico, e pouco altruísta. Aprendemos com Jesus! (Mt 9.35-37; 14.13-21).

A influencia do modo de vida atual atinge também os cristãos. Cada um deve avaliar se está vivendo conforme a ética do Reino de Deus, fundada no amor, ou se esta simplesmente seguindo o curso deste mundo.

O desafio a um viver altruísta tem implicações não apenas em relação ao bem estar do nosso semelhante. Na verdade, tem implicações também escatológicas. Diante disso, todos quantos desejam viver uma cristã aprovado por Deus, devem atentar para as palavras de Jesus em Mateus 25.31-46.


Estudo ministrado pelo Prof. Pádua na Igreja Presbiteriana de Salgado de São Félix em 19.02.2011.


VISITA DO PRESBÍTERO ARY - IP DO VALENTINA - JOÃO PESSOA - PB



Presbítero Ary é membro da Igreja Presbiteriana do Valentina 
em João Pessoa - PB. Esteve conosco no domingo, dia  24.
Ele ministrou a Palavra de Deus nesta noite.

Esta é a família do Presbítero Ary que o acompanhou na
visita a nossa Igreja.

Rev. Sílvio (Pastor da Igreja), ladeado pelo
Presbítero Rosendo (local) e pelo Presbítero Ary  (visitante) .